26 de ago. de 2011

O Forjador

Continuando as histórias dos anões, segue a narração sobre Dromir Kjass, o Forjador:





O Forjador



A maior lenda anã é o antigo rei conhecido como O Forjador. Seu nome verdadeiro antes de se tornar rei era Dromir Kjass, um guerreiro inventor da forja anã.

Dromir nasceu ao norte de onde hoje vivem os anões (3.000, na Era Média), e faleceu onde hoje fica o Palácio de Pedra (em Bjerg Dvelum) em 3.282. Sua pequena tribo, chamada Kjass, sofria muitos assédios e ataques dos exércitos brookenstonianos, sendo forçados a sair de onde viviam e, consequentemente, perdendo suas terras, fontes de minérios e muitas vidas desnecessariamente.

Aos 30 anos Dromir mostrava que não era como os outros jovens: mais forte e astuto que os outros, ele sobressaía-se no campo de batalha e logo tornou-se temido pelos brookenstonianos e respeitado pelos companheiros de guerra. Cada ano que passava ele ganhava mais respeito da sua tribo, até que, passados vinte anos ele se tornara Líder das Famílias Anãs de Maedar e certa trégua se deu nas disputas de terras entre os anões e os brookenstonianos.

Naquela época as armas, armaduras e artefatos (não existiam grandes invenções ainda) eram feitas de cobre e de bronze (metais mais fracos) e pouco era produzido pelos anões. Sua tecnologia não diferia da dos outros povos e a raça era conhecida apenas por sua estatura, resistência etílica, vigor físico e ferocidade no campo de batalha.

Após anos de trégua, os brookenstonianos covardemente atacaram a cidade de Kjass (na época capital anã) e a região foi tomada pelo então imperador brookenstoniano, Sammuel II, o Impiedoso. A raça anã foi praticamente dizimada (apenas algumas dezenas sobreviveram) e foi então que o Forjador levou os sobreviventes para a cadeia montanhosa de Bjerg Dvelum para o que seria o florescimento da raça para Maedar.

Neste novo local os anões tiveram que aprender a construir em solo íngreme tanto quanto em solo adentro e suas incursões pela montanha fez com que a maior fonte de mythrill do continente fosse descoberta. O nobre metal ficou em segundo plano por décadas (os anões utilizavam as pedreiras para levantar seu reino), já que ninguém sabia como manuseá-lo. Como a única tecnologia era a de manipulação de metais fracos, a pedra virou a maior matéria-prima da raça. Aqui surgiram algumas obras-primas arquitetônicas anãs, mas a maior viria a ser o Castelo de Pedra erguido em 3.250 em nome do Forjador.

Dromir, vendo todos instalados em Bjerg, abdicou de sua posição e partiu Maedar afora. Quando regressou anos depois, sua raça sofria com incursões de gigantes e outros seres que queriam o controle da cadeia montanhosa (os anões viviam apenas em parte dela). Estas batalhas ficaram conhecidas como As Batalhas de Posse.

O Forjador voltara com uma tecnologia inovadora na bagagem e com equipamentos de metal superior (o aço, o ferro e o mythrill) nunca vistos antes. Ele construiu a primeira forja e o destino finalmente começou a conspirar a favor dos anões. Dromir abriu o conhecimento para todos os interessados e logo armamentos mais resistentes e bem acabados, artefatos mais resistentes e poderosos e a integração do metal nas contruções começaram a surgir de todas as forjas implantadas nas cidades anãs. Eis que a batalha foi vencida, os anões expandiram seus domínios por quase toda a cadeia montanhosa e enxotaram os brookenstonianos de volta a sua região (ao lado oeste do rio Ao-änsu).

Ao passar dos anos, todas as raças de Maedar se renderam à superioridade bélica, a tecnologia de forja e confecção de materias diversos e armamentos dos anões; os anões se tornaram parte importante na disputa por regiões e poder, pois eles tinham as melhores armas e equipamentos existentes. E Dromir foi aclamado com o título de O Forjador, que simboliza o primeiro rei a unificar todas as famílias anãs debaixo do mesmo teto e sobre o mesmo ideal. Aqui surgiu a primeira nação anã propriamente dita e seu apogeu durou até 3.900, mas sua linhagem perdura até hoje nas veias das duas raças anãs.

Em 3.849 a raça se dividia com a quinta geração do Forjador: o rei Hordos II e seus filhos Wullf, indo para o Norte com a família Köorn e outras, e Aregön, se mantendo no Palácio de Pedra.

O início do declínio anão começou quando outras raças inteligentes assimilaram a tecnologia de forja, entretanto a perícia e a habilidade com o metal sempre fizeram a diferença entre uma peça de um ferreiro humano e uma peça anã; de fato a quantidade de peças demandadas e a circulação de valores diminuiu, mas a qualidade e a mais-valia de suas mercadorias aumentou, pois os ferreiros começaram a ter mais tempo para produzir suas peças. Daí veio a Grande Guerra e a possibilidade de lucro e de venda de mercadorias aumentou e campos de batalhas surgiram para os ansiosos combatentes anões, que estava entediados de vender mercadorias e forjar armas nunca usadas por eles.

Exércitos e mais exércitos comadados pelas mais importantes famílias saíram do reino para combater com suas poderosas armas e armaduras o então recém-surgido Monstro. O erro de cálculo foi enorme, pois ninguém conhecia a força do adversário, e a destruição dos exércitos veio como um golpe na raça montanhosa e no reino.

Desportegidos, com pouca matéria-prima (toneladas de mythrill se perderam com os exércitos) e arrasados moralmente, os anões não sairam mais de seu reino e a Grande Guerra acabou para eles.

Atualmente a raça vive bem, mas às sombras de sua época gloriosa. Com as reservas de minérios de Bjerg Dvelum quase acabando, as cidades tornaram-se grandes cavernas vazias dentro das montanhas. Tanto pela morte de dezenas de milhares anões na Grande Guerra como pelo arrefecimento do seu mercado. Muitos anões migraram para as minas de Urza, convidado pelo inventor para gerenciar a extração de minérios feita por golens e feras. Este é o terceiro lugar mais provável de se encontrar um anão em Maedar.


Os Anões Brancos

A divisão das raças ocorreu 150 anos antes da Grande Guerra, ou seja, havia decorrido uma geração e eles estavam totalmente assentados ao sul de Vahalla, sua aliada. A então pequena civilização nortista não se envolveu na Grande Guerra, apenas deu assistência a Vahalla, então suas percas foram pequenas se comparadas aos irmãos montanheses.


Complexo Subterrâneo Anão

Dizem que os anões cavaram tão fundo atrás de minérios que sua cadeia montanhosa tornou-se a entrada (ou saída) de um gigantesco complexo de passagens, cidades e postos de guarda subterrâneo, saindo em diversas cavernas e montanhas de toda Maedar. Talvez seja por isso que os anões não sejam vistos frequentemente na superfície (eles estariam transitando por baixo, onde é mais seguro e eles dominam todas as rotas). Outros dizem que não existem mais tantos anões assim para serem vistos fora de Bjerg Dvelum.

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