22 de ago. de 2016

9ª Sessão (21/08/2016)

O vento frio e o céu nublado do lado de fora da montanha de Bjerg Dvellum acusavam que o outono chegava. Thaurus e Varda, acostumados com o frio, nada sentiram, mas o restante dos aventureiros cruzaram os braços ao sentir o vento gelado.



A base da montanha é deixada para trás e logo um desfiladeiro grande se apresenta ao grupo. Este desfiladeiro de cerca de 30 metros de altura acaba em uma praia do Mar Setentrional e representa um grande desafio para os aventureiros que não tem experiência em escalar. A ladina Kaladhiel amarra uns aos outros a descida guiada é iniciada por Thaurus e Varda, os mais experientes nestas situações.
O pobre mago Eliphas é o primeiro a descer, amarrado no kuddur bárbaro. Os primeiros dez metros são vencidos sem problemas, mas quando chegava na metade do caminho, ele escorrega e fica preso a Thaurus, que consegue estabilizá-lo e descê-lo.

Ao olhar para o mar, o grupo percebe um gigantesco vulto dentro das águas a serpentear próximo ao navio naufragado que se encontra ao sul da costa. O que quer que seja, é muito grande e parece ter sido culpado pela derrocada daquela embarcação.

Varda e Misa descem em seguida, depois Tor e Kaladhiel e Zarah desce sozinho. Enquanto Tor descia, Thaurus olha para cima e resolve voltar para buscar Kenzo. Assim sendo, todos estão na praia e olham para o navio naufragado e o acampamento dos sobreviventes.



A grande criatura marinha então ataca os marinheiros náufragos que recolhiam destroços, mantimentos e tesouros da embarcação. O acampamento improvisado entra em polvorosa e o grupo de aventureiros, querendo criar conexão com os atacados, entra em combate também. Thaurus entra em Fúria e faz com sua espada bastarda um grande talho na criatura. Golpe suficiente para fazer com que ela recuasse para alto mar.



Kenzo pede para falar com o líder dos marujos e o imediato Kenpaul apresenta-se e chama-os para conversar em sua tenda. Ele conta que a sua frota estava trazendo “mercadorias” de Alkor para Brookenstone e foi atacada por aquela criatura. Seu navio conseguiu fugir do ataque e deixou o restante da frota para trás, mas a criatura os encontrou e desejava terminar o “serviço”. O naufrágio ocorreu em algum lugar a extremo oeste de Maedar Antiga, após a cordilheira anã.

Tor Morgan se intrometeu após Kenzo falar que desejava regressar a Maltávia e se apresentou como herdeiro da regência de Northcreek Dragon. Kenpaul então assumiu ser um Mercador de Homens e ofereceu uma das tendas ao grupo, que foi logo recambiado para lá enquanto Tor continuava a conversar acaloradamente com o imediato escravagista.

Assentados, todos adormecem e depois de um tempo Eliphas é acordado por Mitt. Kaladhiel já estava acordada e o guarda que os vigiava, desmaiado ou morto. Mitt então explica que Tor estava preso e que todos deviam ir embora daquele local, pois seriam provavelmente assassinados ou feitos prisioneiros. Decidiram então ir até a tenda que Tor estava preso e Eliphas lançou a magia de Sono em todos os vigias. A elfa ladina abriu a cela e ela e o mago resgataram o lorde brookenstoniano enquanto o elfo negro, que parecia ter mudado para Zarah, cortava o pescoço dos guardas adormecidos. De volta a tenda dos aventureiros, Kaladhiel e Eliphas acordam todos e percebem que o elfo negro colocara fogo na outra tenda! O caos se instaura no acampamento e os oito aventureiros fogem enquanto lutam com os marujos.

Durante a batalha, ouve-se o soar de uma trombeta. Imediatamente guerreiros negros que cercavam o acampamento se envolvem no combate ajudando os aventureiros.
Vencido o confronto, os negros conhecidos como Dotan falam com o grupo através do pouco conhecimento de paquír de Eliphas e do líder negro. Ele disse que buscava o grupo e que devia levá-lo com eles até um local chamado Soyouigê.

Thaurus e companhia decidem seguir com os dotan e entram em suas canoas feitas de papiro. Eles remam para o sul pela costa da praia até chegarem em uma região acidentada. Lá outros dotan esperavam em frente a uma grande rocha com uma fenda no meio. Os pequenos barcos passaram por dentro desta fenda e algo surreal aconteceu: todos perderam a noção de tempo e espaço. Sentiam-se sugados e pareceram entrar em um túnel que saia em uma praia paradisíaca.

Quase todos passam mal na viagem dimensional e acordaram horas depois em uma rede dentro de uma oca. O mormaço, o sol quente e o som de pessoas cantando músicas estranhas em uma língua desconhecida mostravam que eles estavam em um local totalmente diferente, árido e desconhecido.
Quando os oito se reestabeleceram, receberam de um velho senhor que se chamava Babaluawê um líquido amarelado e foram levados à tenda principal do vilarejo.

Lá eles encontraram o líder daquele local sentado abaixo de um esqueleto de um dragão jovem e ao centro de dois pedestais. Aquele líder dotan tinha em torno de 1,90m, pleição atlética apesar de não estar mais no vigor da juventude e olhos cor de mel atrás de um crânio rachado que servia de elmo e máscara. Suas cicatrizes demonstram ser um combatente experimentado. Ele estava vestido com peles de répteis e ornamentos feitos de ossos, metais e outros objetos que denotavam sua importância. Seu nome era Oshummaê.

Oshum já parecia esperar os oito aventureiros e os denomina “Predestinados”. Ele olha para todos, pergunta de onde eles vêm e para onde vão.

Kenzo diz que vêm de Bjerg Dvellum e que ainda decidirão o que fazer. O dotan diz que seu mestre morto estava esperando contato e que ele deveria urgentemente procurar seus conselhos através da meditação.

Ao olhar para Thaurus, ele diz que, de fato, ele parece muito com o pai. O bárbaro se desconcerta e pergunta quem é. Oshummaê dá um sorriso e diz: “Tudo ao seu tempo”.

O líder negro parece sentir falta do elfo ranger Faramil e pergunta:

-Onde está o elfo?

Kaladhiel diz com os olhos embargados que ele morrera e Kenzo diz, mas eu estou em posse do seu pergaminho.

-A morte do elfo é um estorvo, mas a presença de sua irmã faz com que a profecia continue seu fluxo. Saibam, entretanto, que o Caçador continua no seu encalço e vai continuar até que consiga alcança-los.

-Caçador? O que você quer dizer? -Pergunta Misa.

-Caçador é o responsável pela chacina dos Náilo, da morte de Mifune, dos Lobos de Ferro e do seu mestre, Thaurus. Faruk não é o único responsável pela morte de Petri. Ele foi apenas o meio.

Oshummaê entrega ao grupo o segundo pergaminho e chama uma antiga companheira de Eliphas: a elfa ranger Alessa.

O mago e a elfa se abraçam e começam a conversar. Desde que ele saiu do grupo que não tem notícia de Alessa, Timko e Kelton.

Enquanto isso, o líder dotan pergunta se algum deles trouxera o ovo.

-Que ovo? -Todos perguntam.

Ele aponta para um dos pedestais que tinha um estranho objeto oval rubro-negro. O objeto parecia bastante em tamanho e formato com o objeto que eles recuperaram na caverna decristal.

-O ovo de dragão.

Então todos olham para Zarah, que involuntariamente colocara as mãos para trás como que protegesse o ovo que se encontrava em seu alforje.



-Entregue-o ao mago e deixe-o sentir o poder.

Eliphas pega o ovo e sente-o pulsar.


-Não se preocupem. Ele se chocará apenas quando for a hora e irá ao socorro de vocês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário