Enfim posto a 11ª sessão com a presença de Sven em Nova Maedar e Markus, que aparece pela primeira vez, em Murthaug.
Sven, Fingol, o velho elfo Ragonien e o pequeno Macauli continuaram sua jornada em busca do misterioso Caldeirão de Illio.
Ao entardecer, o grupo se depara
com uma larga comitiva vindo de sudoeste (próximo a Madras e Tchomullov). Esta
comitiva portava estandartes roxos com vermelho e preto e ostentavam um urso,
mas nem mesmo Fingol conseguiu reconhecer o brasão portado pela caravana.
Parados pelos batedores, foram
levados até o príncipe de Bóreas chamado Agëen Uffrëin e descobriram que ele
estava indo a Maltávia se casar com Misa Borkian, filha do imperador do Norte
Thagallar Borkian. Este casamento selará a entrada do primeiro reino de Nova
Maedar na Aliança.
Sven, com seu jeito simples e
humilde, consegue a atenção do garboso príncipe e logo Agëen explica que os
Mãos de Tyr que estavam em Madras eram parte da comitiva e escolta real. Sem
poder perder muito tempo, Fingol, Sven e o comilão Macaulin partem em busca do
tesouro enquanto Ragonien ficaria resolvendo pendências de Alikies com seu rei
(o território de Alikies está dentro dos domínios de Bóreas).
Os três viajantes estavam
receosos, pois o território estava cheio de “caveiras” como o príncipe se
referiu. Além disso, o monge não tinha o menor interesse em encontrar os Mãos
de Tyr. Decidiram seguir viagem distantes da estrada.
Anoitecendo, decidem acampar
próximo ao pé da serra de Qerkyra. A noite, entretanto, não foi boa! Eles são
atacados e rendidos por caçadores Haeduni, que os levam para o seu estranho
acampamento.
Este acampamento está a poucos minutos dali circundando-se o pé da montanha. Envolto em uma mística e fétida névoa, eis a casa do inimigo.
Não demorou para que fossem
levados ao seu líder, um meio-orc chamado Hakon. Este gigante guerreiro impõe
respeito com sua grande máscara de caveira (todos estavam com seus elmos mesmo
estando dormindo ou descansando!), suas cicatrizes de guerra e sua feroz espada bastarda.
Logo que os questionamentos
começaram a surgir, Sven, com suas habilidades ladinas aprendidas nas ruas de
Maltávia, inicia a tentativa de se livrar das cordas que o amarrava. Certo
momento, quando Macauli vira a vítima
da vez, o monge se liberta e inicia uma fuga, abrindo a jaula de alguns
macabros cães de duas cabeças que residiam ao fundo do acampamento.
Estes cães, famintos e malignos,
começam a atacar todos. Sven perde de vista seus companheiros em meio a confusão, começa a incendiar algumas cabanas,
mas é pego por um dos grandes animais e
apaga.
***
Markus
Enquanto isso, em Zandak, cidade portuária de Murthaug, o
ranger eríneo chamado Markus tenta vencer na vida. Conhecedor das dificuldades
das pessoas de baixo nascimento, mas muito habilidoso com o arco e com as palavras e ambicioso para sua
classe social, ele já se envolvera em um punhado de aventuras e missões.
Zandak é uma cidade do império de Murthaug com
aproximadamente 28mil habitantes. Situa-se logo ao sul de Zell, no leito do rio
Selena (algumas léguas distanciam um porto do outro). Ela é
responsável por proteger a entrada e saída de navios de Zell.
Zandak é um grande forte com o maior porto fluvial de
Maedar. Aqui se encontram grandes pontes levadiças que permitem a passagem e
saída de embarcações, uma grande muralha também separa e protege a chegada à
capital Zell.
Este porto é responsável pelos turistas “menos
nobres”, mercadorias e armamentos que vem até Zell. Todos desembarcam aqui e
rumam por terra até a capital.
Antigamente todos os navios aportavam diretamente em
Zell. Há quinze anos os Corsários da Noite atacaram a cidade e causaram grandes
danos. Desde então o rigor de navios que entram naquele porto aumentou bastante
e Zandak foi criada para receber a movimentação fluvial mais intensa. Assim
Zell não conseguiria ser atacada tão facilmente como ocorreu.
Aqui existe uma escola naval, chamada Escola Naval do
Salvador. Esta decadente escola tem o maior navegador vivo (aposentado do mar)
de Maedar: Adolphus o Hibóreo Insano. Ele é um dos professores da escola e vive
bêbado quando não está dando aula.
Certo dia, Markus decidiu que devia encontrar uma nova
missão. Estava ficando cada vez mais farto de não ter dinheiro e queria mais
para a sua vida. Decide então procurar por pistas de algo valioso no porto de
Zandak. Não sabe ele, entretanto, que sua vida começara a guinar para um lado
obscuro e que seu envolvimento com agentes poderosos e silenciosos de Maedar o
faria uma peça no cenário atual.
No pequeno leilão perto do cais, o ranger percebe um homem
distinto que manipulava tudo o que acontecia. Decide então segui-lo e em dada
oportunidade, conversar com ele. Algumas quadras adiante ele encontra a brecha necessária para abordar o senhor.
-Boa tarde, meu caro senhor. Chamo-me Markus e estive observando que vossa senhoria, distinto como é, poderia me ajudar: Veja bem, estou em busca de um
valioso artefato e algumas das informações que tive me levaram até o senhor.
Gostaria de discutir negócios e oportunidades.
-Boa tarde, meu querido Markus. Fale-me a respeito deste
artefato e destas oportunidades...
-O senhor não teria um local mais reservado para que
possamos conversar?
O homem, incerto da situação, olha para o seu arredor e diz:
-Encontre-me hoje a noite neste local –passa-lhe um papel
com um endereço e vai embora.
Markus então senta-se em uma das muitas tendas/taverna de
Zandak, pede alguma bebida e começa a observar o movimento do cais. Uma bela garota de
longos cabelos castanho claro logo lhe salta aos olhos. Ele percebe sua
facilidade de envolver e seduzir os homens para logo em seguida subtraí-los alguns pertences.
Ele aproxima-se e oferece a garota uma oportunidade de
ganhar muito dinheiro. Aparentemente o eríneo estava se preparando para caçar
riquezas e tesouros! A garota, entretanto, decide discutir estes assuntos em
outro local a noite, pois no momento ela “trabalhava”. Markus fala da
impossibilidade e resolvem marcar pela manhã no mesmo cais.
Tal é o assombro de Markus em ver a mesma garota a noite no
local de encontro com o homem distinto do leilão!
O local marcado era num bairro afastado, considerado
pobre. Escondido numa loja de ferreiro estava o Fatyir, um local de negócios escusos de Zandak, que a Aliança usava como local de reuniões.
Este imenso estabelecimento feito de alvenaria é dividido em
vários ambientes: A entrada, como foi dito, é de uma loja de forja. Na entrada
são estampadas acima de uma porta reforçada duas espadas cruzadas (uma espada
erínea com uma espada máltava) que simbolizam a Aliança. Dentro do
estabelecimento, nada de anormal: um armeiro de fato trabalha lá, um espaço é reservado
para a forja, outro para os suportes e arsenais e outro onde fica o balcão.
Existe um suporte para armas próximo à porta onde um segurança revista e
recolhe todas as armas dos visitantes. Engana-se quem pensa que aquela pequena estrutura da loja encerra-se ali.
Nos fundos da loja existe uma porta simples, mas também
reforçada, que leva a um segundo ambiente: um salão onde existe uma taverna.
Diversas mesas estão dispostas ao redor de uma fogueira. Ao fundo, outra
passagem, e a direita de quem entra tem uma pequena porta de carvalho com entalhes suaves.
Ao lado desta porta fica sentado um senhor que parece ser contador e ao mesmo
tempo o bilheteiro daquele local exclusivo. Eventualmente se vê mulheres sedutoramente
vestidas sair e entrar desta porta. Ali funciona um dos bordéis mais conceituados de Zandak.
Adentrando ainda mais Fatyir, existe um imenso salão recluso e
soturno onde a escuridão é quebrada apenas por pequenas velas nas mesas espalhadas e separadas por divisórias. Este recinto é um pequeno labirinto de paredes de madeira e biombos que separam e que dão um ar altamente reservado ao local, que é perfeito para negociações menores e encontros secretos.
Esquecida em uma das paredes deste recinto está uma porta de ferro
trancada e quase invisível pela penumbra.
No extremo nordeste do salão existe uma luz que quebra
a escuridão do ambiente. Esta iluminação vem do salão de leilões. Neste salão
circular com um palanque a frente de uma grande cortina é que acontecem as
trocas de valor que Markus busca.
Assim que entra, o Ranger recebe a ajuda da moça loira do cais e encontra
o senhor distinto de mais cedo. Ele encaminha-o ao ambiente dos leilões e diz que em
seguida conversarão. Markus senta-se em uma das mesas e passa a observar as pessoas do local. Não demora a reparar num estranho
trio: uma velha de aparência bórea que mais parece uma bruxa e dois grandes e
imponentes guerreiros (um dotan e um kuddur). A senhora começa a encará-lo e então se
aproxima como se o conhecesse.
-Boa noite, meu filho! Chamo-me Grazzia. Como você se chama?
-Boa noite, minha senhora. Chamo-me Markus, a seu dispor. Em
que posso ajudá-la?
-Querido Markus, vejo que você veio em busca de negócios. Pois bem, nós estávamos
esperando alguém justamente como você! – A velha parecia ler a mente e os
motivos de Markus e isso o incomodou.
-S-sim, estou em busca de um objeto muito precioso...
-Entendo que o objeto precioso que você busca é muito mais
pelo seu valor do que pelo objeto em si. A proposta que temos para você lhe
propiciará muito mais do que essa sua busca aleatória. Venha conhecer meus
amigos, temos algo que deve interessá-lo bastante.
Vacilante, mas aberto a novas oportunidades, o Ranger eríneo acompanha a senhora Grazzia e vai até a mesa dos guerreiros.
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