31 de out. de 2016

10ª Sessão - Parte I

Demorou, mas saiu o registro da última sessão!


Voltando um pouco no tempo, enquanto nossos aventureiros se encontram em Karnos, um improvável grupo começa a se reunir.

Na exótica cidade de Madras, maior rota comercial de Nova Maedar, um monge chamado Sven vive com seu tutor Ballen e algumas crianças de rua. O velho tutor, sacerdote dos antigos deuses, cuida de um lar que acolhe crianças de rua. Sven, um monge máltavo, é seu ajudante e braço direito.
O monge, entretanto, tem pendências com os Mãos de Tyr, e quando um grande contingente desta organização é visto nas ruas de Madras, ele é aconselhado a deixar a cidade. Assim, Sven parte rumo a Qerkyra, uma bela cidade serrana do reino de Bóreas.

Ballen envia com seu pupilo um garoto. Eles partem rumo a Qerkyra, parando em um povoado antes de escurecer.

Ao adentrar na estalagem, Sven e o seu companheiro de viagem veem que não tem ninguém ali além deles dois, a estalajadeira e um senhorzinho bebendo numa mesa próxima à parede oposta ao balcão. O monge começa a conversar com a dona do local enquanto o garoto come desesperadamente, matando uma fome que parecia maior que a simples viagem que fizeram.

Após alguma conversa, entram três guerreiros sujos e mal-encarados procurando por alguém. A estalajadeira ensaia uma mentira, pois eles buscavam o senhor na taverna. Eles seguem o senhorzinho, vão até sua casa e começam a revistar. Logo eles jogam para fora da casa uma idosa que aparentava ser sua mulher e uma moça nova. Ao acharem o que buscavam, matam o idoso. Enquanto isso, as pessoas apenas assistem, pois identificaram os homens como os temidos e malignos guerreiros Haeduni.



Os Haeduni são uma organização paramilitar de descendência illiota que aterrorizam Nova Maedar. Eles são famosos pela crueldade, pelo ódio aos kuddur e pelas máscaras em formato de caveira.

O máltavo, Leal e Bom, impede que a senhora e a menina sejam assassinadas também. Os Haeduni apenas vão embora após o pedido do “mendigo”. Levavam redondo algo embrulhado em pano.

Sven tinha pedido para o garoto de Baleen lhe esperar mais adiante na estrada rumo a Qerkyra quando saiu da taverna para impedir a morte dos familiares do velho. Depois deste drama, ele foi ao encontro do moleque, mas não o encontrou no lugar combinado. Passadas algumas horas na espera do pequeno companheiro, o monge voltou à vila e viu que alguns Haeduni voltavam muito enfurecidos e procurando alguém que os roubara. Aparentemente eles perderam rapidamente o que vieram buscar...
Irados, os mercenários tocam fogo em toda a vila e Sven, impotente diante da situação, observa de longe. O seu companheiro de viagem então aparece com o embrulho procurado e Sven fica louco! Fogem dali e o homem dá um sermão no garoto no caminho. No caminho, o monge abre e percebe que estava em posse de um caldeirão bonito. Ele decide enterrar a peça em algum lugar no caminho até a cidade.



Chegando em Kerqyra, os dois se deslumbram com o que veem. Esta pequena cidade serrana do reino de Bóreas é a mais cultural e sofisticada cidade bórea de toda Maedar. Seu teatro, suas tavernas e hotéis, os passeios públicos, os circos, os jardins do tribunal. Suas noites são regadas com músicas ao vivo nos locais públicos mais movimentados; Qerkyra é o lar dos bardos e dos artistas de todos os gêneros. Muitos ladinos também ganham a vida aqui, quer seja roubando, quer seja exibindo suas proezas nos circos. As frias noites trazem às vezes uma neblina que envolve toda a cidade. Por vezes sair a noite é perigoso, pois não se pode enxergar direito.

Boa parte da família Uffrein vive aqui, e por este motivo a cidade tem uma guarda ativa. Guarda esta que controla os que entram na cidade, que expulsa os mendigos e desaparece com qualquer criminoso. A ordem é manter o alto padrão de vida e a beleza da cidade.

Para se viver em Qerkyra é necessário que o candidato preencha alguns requisitos, como renda satisfatória, emprego fixo, nível cultural elevado, saber ler e escrever... é uma cidade para fidalgos apenas.

O Palácio de Qerkyra é uma obra magnífica, com um enorme Salão Principal e um jardim belíssimo (dizem que aqui existem rosas de toda Maedar – exceto a flor mortífera de Brno). O jardim é chamado Jardim do Tribunal, pois o tribunal de Qerkyra é na ala oeste do palácio.

Após dar uma volta na cidade, os dois descobrem uma taverna que aceita os serviços de Sven. Ele começa a ajudar e servir os clientes enquanto o menino mais come que ajuda. Alguns dias se passam enquanto o monge espera.


***



Enquanto isso, em algum lugar próximo a Alikies, o elfo conhecido por Fingol Silverleaf pesquisava sobre estranhos e recentes acontecimentos. Ao seu ver, algo muito sério ocorria em Maedar, pois a magia estava ressurgindo! Durante duas gerações não se ouvia falar em magia e os mais cultos tinham certeza que não só ela, mas que os deuses sumiram (ou mesmo morreram) desde a Guerra dos Deuses (a mais de 200 anos).

As contas não batiam e Silverleaf estavam bastante intrigado. O seu antigo grimório, herança de seu avô, agora significava algo! As letras mortas pareciam pulsar na mente e na aura de Fingol quando estudadas e o elfo sentia no ar algo diferente, latente e poderoso!

No seu alojamento existia um senhor excêntrico que poucos davam atenção. Diziam que ele tinha umas teorias estranhas sobre a magia e o Livro dos Mundos. Ele costumava sumir e reaparecer dias ou semanas depois sem dizer nada a ninguém e sem receber muita atenção por parte dos superiores. Era um louco.

Fingol esgotara suas opções e teorias. Desta forma, decidiu ouvir o que o velho exótico tinha a dizer. Chegando nos seus aposentos, depara-se com um local totalmente caótico (a seu ver), cheio de livros, folhas pregadas na parede, pinturas e runas. O velho, bastante ocupado, troca algumas palavras e só o dá atenção quando Fingol mostra o seu poder mágico.

-Então minha teoria é verdadeira! A magia ESTÁ voltando! Venha, venha!  -O velho então começa a recolher alguns papéis pregados nas paredes, alguns livros e roupas.

Silverleaf fica sem entender o que estava acontecendo. O outro elfo manda ele arrumar as coisas para partirem o mais rápido possível. Fingol vai pegar a permissão para sair de seu agrupamento em Alikies e acaba percebendo que na verdade o velho era nada mais nada menos que Ragonien, o superior de todos ali!

Eles atravessam a floresta e chegam na estrada que leva a Qerkyra. Um dia de viagens depois, os dois elfos viajantes chegam à cidade serrana que Sven e o garoto se encontravam. Lá, eles vão a uma taverna e são atendidos pelo monge.

Ragonien se dirige até as latrinas no fundo do local e escuta o garoto de Sven narrar o roubo de uma “panela” muito bonita de homens maus. O elfo se sobressalta e pergunta ao moleque a situação. Inocente, ele conta e os dois dirigem-se de volta ao salão.

-Vamos, Fingol, temos que partir urgente!

-Mas nós acabamos de chegar! –Responde.

Sven e Fingol percebem que Ragonien está de mãos dadas com o moleque.

-O que está acontecendo? –Pergunta o monge/garçom.

-Explicarei no caminho! Vamos!

Após alguma hesitação dos dois aventureiros, partem serra abaixo em direção ao local onde o caldeirão foi enterrado.

No caminho, o quarteto se depara com três Haeduni que caçavam o garoto de Sven, mas vencem-nos facilmente. Fingol mata dois e mantém o outro vivo para obter algumas repostas, mas o inimigo não diz nada. Os quatro seguem seu caminho com cuidado para não chamar a atenção de mais inimigos enquanto tentam entender o que se passa.

O que são os Tesouros de Illio? Porque os Haeduni estão atrás deles? E qual a relação deles com a volta da magia e os estranhos acontecimentos de Maedar?

Cada dia que passa, mais eventos estranhos acontecem. Eventos que deixam mais dúvidas que respostas, mas que talvez estejam interligados de alguma forma.

Enquanto isso, no Leste....

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