1 de abr. de 2010

Hora da Retirada: Até onde um grupo deve ir.


 Dia 14, nossa última sessão, me deixou um pouco inquieto.


 Não inquieto por não ter previsto os resultados nem por ter perdido dois NPCs que eu queria utilizar mais vezes, mas pelo fato de que NÃO TIVE CORAGEM de matar algum(ns) personagem(ns).

 Bem, eu percebi onde falhei naquela mesma noite, quando não consegui dormir imediatamente (algo raro para os que não me conhecem). Veio-me porém outra pergunta que é a razão deste post:

 -Meu grupo sabe medir o grau de perigo a frente?



 Bem, creio que não.

 Creio também que seja mea culpa. Estão tão acostumados a enfrentar todos os desafios no braço que não percebem quando eu coloco uma situação onde o confronto direto não é a melhor opção. Queriam peitar o barão Kalyl e sua tropa toda ali mesmo, na reunião dos rebeldes!! No mínimo algum visitante que passeie por este blog vai achar petulância da parte deles.

 -Bem, pessoal, vocês precisa aprender a dar meia volta. Bater em retirada.


Fud@# gälere, fujão para as colinas!!


 Um exemplo que eu acho muito bom é o seriado Caverna do Dragão (Dungeons & Dragons).



 Eu assisto todo dia e através deles vi a resposta da questão. Vocês já repararam quantas vezes eles fogem? Em cada episódio eles correm pelo menos uns 600 metros fugindo de alguém (o Erik então...). Vi-os tentar peitar a Tiamat apenas uma vez (até o Vingador corre, se puder).

 Se deixar, meu grupo peita o mesmo Tiamat sem pestanejar, e é aí que mora o perigo: Não vou mais ficar com pena de matar qualquer personagem que seja, por maiores que sejam os planos que eu tenha para eles na campanha. Não porque sou ruim, não porque quero ser o mestre fodão.



 Simplesmente porque não é certo.

 Eu não estou mestrando para lhes matar nem pra deixá-los fazerem o que quiserem. Estou mestrando para divertir o grupo, fazer algo legal no final de semana.

 Não é certo deixá-los assassinar ou ameaçar qualquer um na hora que quiser, e para isso vou contra-representar (isso existe?), manter o wa, a harmonia de tudo. Afinal, é um dos motivos elos quais estou aqui (aqui no blog não, aqui mestrando...).

 Então como mestre bonzinho que sou (e também precisava desabafar) dou o alerta ao grupo:

 -Cuidado para não darem um passo maior do que as pernas. E arquem com as consequência dos seus atos.



 Fikdik, pessoal!

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