Brijmohan era um bravo guerreiro deva. Morreu há 20 anos
protegendo o reino de Bèrghem ao lado de seu rei e amigo em luta contra seu
povo.
Ele foi exilado por divergências políticas (vinte anos antes
de falecer) e rumou para a Madras. Lá, conheceu a família de Dimachaeri que
estava, com outras famílias, migrando para Nova Maedar. E logo se apaixonou
pela bela irmã do futuro rei de Bèrghem, Alissa.
O casal apaixonado rumou com alguns amigos e parentes para
um local paradisíaco conhecido de Brijmohan e lá fundaram Borajsa.
Com mais dois anos Dimachaeri sai de Madras, vai até a
região conhecida como Istinnagar (bem distante de Madras), ocupa o esquecido
castelo de Aufir-Há e funda Brno, a primeira cidade de Bèrghem. Dimachaeri
trouxe consigo alguns povos despedaçados, como os sobreviventes weori e os
descendentes tolarianos, e assim fundou outras cidades, como Hrádec (local
escolhido pelos tolarianos) e Tchomullov, cidade que viria a ser o lar dos
Cavaleiros de Bèrghem.
Quando os deva de Bhuvanesh viram que muitas cidades estavam
sendo criadas (algumas até nos antigos fortes e ruínas illiotas), começaram a
se incomodar com a situação e enviaram uma tropa de conhecimento com coletores
de impostos. Se os outros povos iam se assentar “nas suas terras”, deveriam pagar impostos pelo seu uso e estar de
acordo com as leis deva. Os deva foram nesta intenção.
Chegando a Hrádec, todos foram pegues de surpresa. Além de
“coletar impostos” (pilhar), a tropa deva destruiu as construções e casas do
local, fazendo isso em todas as vilas que passavam até chegarem a Hirófilas.
Em Borajsa, ao verem o exilado deva Brijmohan, alguns de
seus desafetos cobradores de impostos convenceram ao líder da tropa de fazer
mais que simplesmente pilhar e destruir: eles violentaram e mataram a sua
esposa. Albafika tinha apenas dois anos e presenciou tudo. O deva viu seu filho
chorar a morte da mãe e jurou vingança. Ele foi ao encontro de seu amigo
Dimachaeri para começar a retaliação.
Na volta, meses depois, Dimachaeri e Brijmohan estavam
preparados Destruiram a pequena tropa deva em uma emboscada no então pequeno
Jardim de Brno. Como apenas os residentes de Brno conheciam o perigoso jardim,
fizeram com que os inimigos passassem por lá interceptando e destruindo todos
os outros caminhos possíveis. O resultado não foi outro: todos morreram.
Um mês depois o então Devon (Abha Ajatash, pai do atual
Devon, Abha Mahatta) percebeu que seus enviados não voltaram, e mandou
batedores que também não regressaram. Chegou aos seus ouvidos através de
comerciantes deva que iam e vinham a Madras que
Brijmohan manteve seu filho sempre por perto dele e de seu
tio, agora intitulado por todos de rei do novo reino: Bèrghem. Tudo se
arregimentava para a unificação, que só não ocorreu com Hirófilas pela
distância.
Albafika aprendeu muito com Dimachaeri, e sua força e
inteligência o faziam um valoroso aprendiz. Alguns momentos Brijmohan ficava
com ciúmes de seu filho, mas ao mesmo tempo se orgulhava em vê-lo crescer
sadiamente.
O garoto chegou a impedir o assassinato do rei uma vez, ao
matar um espião no castelo de Brno durante a noite. As más línguas dizem que
foi acidental, mas atualmente não se questiona a capacidade do rapaz, e ninguém
saberia dizer ao certo. Ele não fala sobre o assunto.
Dimachaeri então vai até Tchomullov com alguns aprendizes e,
claro, Albafika, e cria a Ordem dos Cavaleiros de Bèrghem. Sua criação foi
necessária para a defesa do reino e toda a logística e treinamento ocorrer,
pois nessa época balões começaram a surgir nos céus do reino.
A Primeira Classe dos Cavaleiros de Bèrghem é lendária e tão
famosa quanto os 10 Avatares de Tyr são ultimamente. Eram Mir “Coração de
Peixe”, Dyeg, Wagh “Gigante de Bèrghem”, Ilianyr, Pscritt “o Pequeno”, Pogehn
“o Feio”, Fouyr e Zibb “Não Sei”. Alguns ficaram na Ordem para liderarem-na e
outros foram para os campos de batalha.
Nesta época Albafika tinha 8 anos e muita vontade de lutar
ao lado do pai e do seu tio, mas não era permitido. Já treinava com os seus
professores (homens da Primeira Classe) com espadas de metal sem gume e era de
longe o melhor aluno, mas as negativas do seu pai o frustravam.
Enquanto isso o reino resistia às pequenas investidas militares
dos deva, e após cada investida vinha um grupo oferecer as condições de paz do
governo deva. Birjmohan sabia o que esta situação significava e o que
aconteceria caso eles aceitassem, então eles sempre negavam e resistiam (a
duras penas, é verdade).
Dimachaeri então viaja para se reunir com os reis de
Hirófilas, de Mitea e de Bóreas para se unirem contra Bhuvanesh e Brijmohan
fica responsável pela defesa do território, mas uma grande ofensiva avança pela
Floresta de Tiris e a defesa de Brijmohan não resiste. A cidade de Hrádec foi
poupada, mas todo o exército, inclusive seu líder Brijmohan, pereceu diante do
poderoso ataque. Albafika desde então passou anos sem visto e foi dado por
Dimachaeri como morto.
A ofensiva se torna uma campanha de conquista, e uma por
uma, as cidades vão caindo. Em três anos os deva já conquistaram quase todas as
cidades de Nova Maedar. Dimachaeri e os Cavaleiros de Bèrghem se refugiam e
criam a Resistência dos Destruídos.
O grande contingente deva atacando Nova Maedar enfraquecera
o efetivo do reino de Bhuvanesh, e durante a campanha deva, Maltávia e o reino
de Worlorn atacam o porto de Phuntali e causam grande prejuízo, destruindo
quase toda a frota deva. Devon manda regressar todo o contingente para reagir
aos ataques da Aliança e então Albafika, agora com 12 anos, ressurge com o
chamado Exército da Resolução, se unindo à Resistência dos Destruídos e
expulsando todos os deva das terras além Bhuvanesh.
Dimachaeri se surpreende ao ver seu sobrinho vivo e
crescido, lutando como um guerreiro experiente. Mas a vingança de Brijmohan
ainda não ocorrera...
Albafika
Quinze anos depois, no 20º aniversário de morte de seu pai,
Albafika vinga a morte do pai na mesma moeda e se torna o inimigo número um do
novo Devon, Abha Mahatta.....
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