Este povo de Illio, chamado de illiotas, desapareceram antes da Guerra dos Deuses.
Vê ai as paradas:
O Antigo Império de Illio
Nova Maedar, durante muito tempo, foi governada pela Rainha
Alyeska (avó da última rainha dos Imakari, rainha Daa’ri) e pelos seus grandes
rivais, o povo de Illio (ou illiotas).
Os Imakari foram o berço da civilização deva. Já o povo de
Illio, constituído em um enorme império que se estendia de Hirófilas a Bèrghem
e Mitea, era cruel e temido por todos.
No seu apogeu chegou a conquistar todos os povos menores de
Nova Maedar, restando apenas os Imakari, pois suas bravas rainhas e seus
dragões dourados não se curvavam a ninguém.
Seu desaparecimento data séculos antes da Grande Guerra,
após desgastante guerra contra os Imakari, que também desapareceu após a
emigração dos deva. É por este motivo que até a chegada dos imigrantes bóreos e
eríneos não existia nenhum outro povo além do deva.
Há muito tempo atrás, quando o império illiota desapareceu,
alguns guerreiros illiotas que sobreviveram formaram os grupos paramilitares
nômades conhecidos hoje como Haeduni.
Guerreiros Haeduni
Este exército de temíveis guerreiros não é subordinado a nenhuma
bandeira. São em torno de três mil
homens livres divididos em falanges espalhadas por Maedar.
Nômades por excelência, este agrupamento paramilitar tem como objetivo
a justiça e não reconhecem autoridade sem motivos. Sangue real ou “Porque deus
quis” não significam nada para eles e o desprezo pelos pomposos nobres e ricos
sacerdotes fica evidente quando pilham suas casas e doam para os que passam
fome.
Por mais nobre que sejam seus ideais, não deixam de matar e destruir
indiscriminadamente. Suas vítimas são mortas de forma cruel e eles não medem
esforços para conquistar seus objetivos. Praticamente todos os reinos
odeiam-nos e os líderes haeduni tem a cabeça a premio por dezenas de crimes
cometidos por todo o mundo.
Os Haeduni tem uma relação horrível com os Kuddur. Caçam este povo e
não fazem prisioneiros. Não se sabe o motivo de tal ódio, visto que os kuddur
não nutrem o mesmo sentimento (até agora).
Os haeduni utilizam elmos com formato de caveira e com chifres e
utilizam o couro de seus inimigos nas suas roupas. Alguns utilizam caveiras de
fato. Pintam-se de vermelho, de preto ou de cinza, dependendo da hierarquia.
Comunicação
Os líderes e os responsáveis pela transmissão de ordens dos guerreiros
se comunicam através de águias treinadas para levar mensagens (águias estas que
também são utilizadas em batalha, tanto para se comunicar com outros
comandantes do pelotão, como para atacar o inimigo).
Forma de governo
O Império de Illio surgiu da conquista de outros reinos
pelos illiotas, e o seu rei é um líder religioso e militar, considerado filho
de deus ou mesmo deus, não se sabe dizer.
A cada povo conquistado, o líder illiota da conquista se
tornava através de um ato solene Protetor da cidade. Cada Protetor ganhava um
artefato do Tesouro de Illio e ganhava o status de semideus ou sumo sacerdote
do rei, estando abaixo apenas deste.
Meio de subsistência
O povo illiota vivia basicamente da agricultura, pecuária
(suas planícies eram muito férteis) e do comércio.
Antigas cidades do Império Illiota:
Illio (atualmente tem o mesmo nome. É uma cidade de
Hirófilas), Gassíria (hoje a capital de Mitea: Mitópolis), Istinnagar (atualmente
é a área do Castelo Brno), Adequeribe, Madras (atualmente de mesmo nome, cidade
livre), Elâmia, Shva, Dainos.
Os illiotas tinham deuses para tudo. Veneravam os 14
Originais, os 14 novos deuses, Undir e até outros deuses inexistentes. Com
nomes diferentes dos conhecidos e em alguns casos, atribuíam a dois deuses o
domínio de um só deus (p. ex: eles cultuavam Rath, o deus da justiça, e Fakith,
o deus da punição, mas na verdade os dois deuses na verdade eram Tyr, o deus da
justiça conhecido por todos os outros povos).
Cada cidade tinha um grande templo em homenagem a um deus,
onde ele era cultuado. Este era o principal local de cada localidade e lá
viviam o líder da cidade, os sacerdotes, aprendizes, servos e as tropas de
elite. Muito bem guarnecidos, os templos eram as maiores construções e o
coração das cidades dos illiotas.
Todas as cidades, fora Illio, capital e cidade natal dos
illiotas, foram conquistadas e assimiladas. Com a ocupação militar, eles
construíam fortes muralhas (geralmente as cidades não tinham meios de defesa
eficazes), assegurando assim a posse do local. Após a consolidação, iniciava-se
a construção do templo e o líder illiota que conquistara a cidade se tornava o
líder espiritual da cidade (uma espécie de semideus). Este líder, entretanto,
devia gerir a cidade a partir de então, e um artefato poderoso era cedido pelo
rei em retribuição aos serviços prestados pelo líder. Estes artefatos faziam
parte do Tesouro de Illio.
Illio
A antiga capital e berço dos illiotas foi transformada em
ruínas pelos Imakari, e a morte do rei Éugota II foi o estopim para a divisão e
disputa interna, facilitando assim os ataques do novo reino de Bhuvanesh, que
viria a ocorrer no ano seguinte.
Illio era uma grande cidade, a maior de toda Nova Maedar, e
tinha o histórico de grandes líderes. Antes do rei Éugota II, o Último Rei,
houvera seu pai, Éugota, seu avô, Lagask, e daí em diante, mais três gerações,
completando em torno de um século de expansão e crescimento populacional.
Apenas a partir de Éugota, entretanto, o reino começou a se expandir e a adquirir
províncias. A rápida expansão só foi possível porque Lagask foi um excelente
administrador e deixou todos os recursos necessários para a expansão nas mãos
do filho. Logo no segundo ano de reinado, Éugota já tinha conquistado o reino
mais difícil: Adequeribe.
O Grande Templo de Illio era em homenagem ao Grande Deus da
Vida (o que equivaleria Ceridwen), e tinha mais de vinte metros de altura. Sua
ruína serviu de base para a cidade vaazi de mesmo nome.
Grandes estátuas (seriam golens) protegiam a entrada do
templo, e um grande complexo de labirintos subterrâneos eram povoados de
criaturas perigosas. As paredes eram esculpidas e as grandes pilastras dentro
do templo tinham uma grande escadaria, onde o rei vivia. Continuando a subir,
chegava-se ao topo do templo, local onde sacrifícios eram feitos ao Grande Deus
da Vida, e depois ao próprio Éugota, que se tornara deus e seus outros
vassalos, semideuses. Esta vaidosa inversão de papéis, teólogos dizem, tirou do
rei a benção divina que até então ele tinha, e aqui se iniciou a derrocada do
império.
Sua destruição foi o marco do fim da civilização illiota, e
a morte de Éugota, dentro do templo, criou uma grande diáspora dos cidadãos
illiotas.
Tesouro de Illio
O Tesouro de Illio, conjunto de artefatos místicos cedidos
por Éugota a seus maiores vassalos, nunca foi encontrado, muito menos as
riquezas do império. É como se nunca tivesse existido tal tesouro, que os
bardos cantam como o maior de toda Maedar.
Acredita-se que os deva tomaram posse de boa parte deles.
Adequeribe
A cidade de Adequeribe foi a primeira cidade conquistada
pelos illiotas. O povo adequeribe era conhecidamente militar, e logo sua força
foi desejada pelo governante de Illio, Éugota. Após dois anos de cerco a cidade
foi entregue pelos próprios cidadãos e os líderes da cidade fugiram. Sua
conquista foi um fator-chave para a expansão do reino e dali saiu boa parte da
tropa illiota. Aqui foi construído o Templo de Ur, o deus da guerra.
Esta cidade não necessitou a construção de muralhas, pois já
tinha boas muralhas de pedra.
No Templo de Ur (o mesmo deus conhecido como Krisaor, apenas
com outro nome)existia uma milenar armadura, chamada Veste de Ur (atualmente é
conhecida como Armadura de Krisaor, pois o nome “Ur” caiu no esquecimento). Ela
foi trazida pelo rei Éugota quando o templo foi erguido e cedida ao Primeiro
Protetor, chamado Arsubani.
Ela era venerada por todos e ficava guardada em um mausoléu
no fim de um labirinto do templo. Dizem as lendas illiotas que quem as vestia
era contemplado com enorme força, agilidade e dons mágicos outros. A armadura
era considerada indestrutível e durante o Dia de Ur Arsubani utilizava a Veste
de Ur em sacrifícios-rituais e as vezes até em combates-rituais.
Gassíria
Os gassírios eram um povo honrado e de belos guerreiros, mas
não resistiram ao grande poder militar dos illiotas, que englobara os
adequeribes às suas tropas. A conquista levou poucos meses, pois Gassíria não
tinha proteção externa (muralhas) e o rei Éugota cedeu a província ao seu
segundo filho, Kish, que a governou e construiu o grande Templo de Gal, o deus
da força (o que equivaleria ao deus Sorentto), visivelmente querendo
equiparar-se ao Templo de Illio que futuramente seu irmão mais velho, Éugota II,
estaria destinado a governar (e de fato governou até a morte do seu pai).
Madras
A cidade era bem pequena e modesta, mas a rota comercial era
importante e muitos povos vinham vender aqui.
Alguns meses antes antes de Illio se voltar para Madras,
grupos goblinóides começaram a atacar a cidade. Eles foram expulsos de suas
terras pelos illiotas e acabaram se aproximando demais de Madras.
A cidade de Madras, diferentemente das outras, solicitou sua
entrada no império após a assimilação de Adequeribe e Gassíria e os iniciados
ataques goblinóides. Sem intenção de guerrear (ao contrário, precisavam de
proteção), os líderes da cidade construíram um pequeno templo em homenagem ao
deus do comércio e ofereceram-no ao seu terceiro filho Khum, na época uma
criança recém-nascida. Éugota recebeu a cidade de bom grado, enviou soldados
para destruir as indesejáveis criaturas e nomeou um mercador da própria cidade
para geri-la enquanto Khum não tinha condições; ele deixou bem claro que só
subiria as muralhas quando Khum assumisse o comando, fato que jamais viria a
ocorrer.
Madras foi poupada pelos imakari por sempre se manter
neutra. Enviaram diplomatas e informaram sua posição meramente comercial, e a
rainha imakari Alyeska, justa e sensata, deixou a cidade em paz durante todo o
embate. Nem ela nem seus dragões jamais pisaram lá.
Istinnagar
A grande cidade de Istinnagar foi destruída em uma guerra
sangrenta e demorada. O rei Éugota levou anos para conseguir dobrar os
naguianos, mas enfim eles se uniram aos illiotas. Foi necessário manter a
autonomia da cidade nas mãos do agora antigo rei, vassalo de Éugota e recém
proclamado sumo sacerdote de Rath (deus da justiça) Qnannum-Aufir-Há, além de
prometer a mão de sua sobrinha, a bela e desejada Lassina, para o desejoso
Primeiro Protetor Arsubani (regente de Adequeribe).
Com a destruição da cidade e a conseguinte união de
Qnannum-Aufir-Há, Éugota enviou recursos para reconstruir (ou ao menos dar o
impulso inicial) da sua nova província. Então o Castelo de Aufir-Há (atualmente
Castelo de Brno) foi construído.
Nesta época o imperador illiota começara a se proclamar deus
e seus protetores, que antigamente eram sumo sacerdotes, se tornaram
semideuses... sua tolerância já estava pequena antes do fracassado encontro com
a princesa imakari Nan-Har, mas depois o que era apenas rigidez no comando do
império se tornou crueldade e matança de seus súditos. A cicatriz em seu rosto
mostrou a real personalidade do homem que estava no poder.
Elâmia
A cidade de Elâmia, do povo elameu, tentou audaciosamente
invadir Illio. Grandes magos lideraram tropas de outros povos menores para o
ataque, mas o rei Éugota sabia da ofensiva e emboscara os inimigos, levando-os
através de um portal mágico a uma área de magia nula, e os fortes magos, sem
seus poderes, nada puderam fazer a não ser ver seus aliados serem destruídos.
Dizem que os magos foram deixados lá a mercê do local.
Éugota, já velho, mandou construir o Templo de Fakith, deus
da punição, e não o viu ser concluído. O general elameu que entregou os magos
se tornou o Protetor de Elâmia e recebeu o artefato chamado Espada de Fakith,
uma espada de fogo.
Shva
Os vigorosos Shva estavam preparados quando os illiotas
rumaram.
A brilhante estratégia que ficou conhecida como Campos de
Fogo, foi a primeira derrota do rei illiota. Esperando o ataque, os shvanianos
queimaram os seus campos enquanto a tropa do rei Éugota atravessava-os! Quase
todos morreram e a esta estória foi contada durante séculos.
Os illiotas, entretanto, não tinham enviado força total, e
os shvanianos esperavam que os invasores desistissem (ou pelo menos demorassem)
a investir novamente, só que, no mês seguinte, antes de se poder plantar
novamente (ficaram com o fornecimento de alimentos prejudicado com a
estratégia), os illiotas chegavam para “negociar” a rendição do povo. Claro, os
líderes foram esquartejados em praça pública como lição.
Na cidade de Shva foi construído o Templo de Na’ar, o deus
do fogo (Kossuth), e todos os que nasciam aqui eram marcados a fogo na face e nos
braços, para que ninguém jamais esquecesse do ousado ataque dos seus
antepassados. Seu sobrinho, Albomitch, se tornou o Protetor de Shva e sumo
sacerdote de Na’ar.
Dainos
Os dainianos se uniram ao illiotas quando o rei Éugota II se
casou com a princesa dainiana Mili Faglissa. O príncipe herdeiro, Gorhi
Faglissa se tornou o braço direito de Éugota II e exerceu grande influência
sobre o rei e o império como um todo. A partir de então o reino se tornou
sombrio e cruel. Um templo para o Último foi construído e durante anos a real
sede do império foi aqui, até a morte de Éugota II, nas batalhas contra os
Imakari.
Antes desta união, entretanto, o rei Éugota tentou por
muitos anos conquistar Dainos sem sucesso. Batalhas ferozes eram travadas, até
que o rei faleceu da peste que assolava a região.
O novo imperador conseguiu convencer o rei com um ato
ousado: mandou suas tropas recuarem e partiu sozinho, sem armas, para Dainos.
Éugota II já conhecia Mili e Gorhi, então foi bem recebido e pediu em casamento
a bela moça, que já nutria secretamente sentimentos pelo bravo imperador. Gorhi
percebeu que seu pai, o rei dainiano Jaxiac Faglissa XI, não gostou. Então
tramou com sua irmã a “morte acidental” do pai antes do casamento.
Guerra contra Imakari e os deva
O grande desejo dos reis illiotas sempre foi unir os reinos
de Illio e Imakari. Belas e poderosas rainhas sempre foram alvo de cobiça de
todos os reis, e com o imperador Éugota não foi diferente. Viúvo da primeira
esposa, o homem desejava incessantemente a na época jovem princesa Nan-Har, mãe
da última rainha imakari, Daa’ri.
A princesa imakari Nan-Har
Ao solicitar o casamento à Rainha Alyeska, teve o pedido
recusado. Como era de costume, a última palavra era da princesa, que deveria
entregar a recusa da mãe ao solicitante. Caso ela assim desejasse, poderia
negar a recusa e aceitar sem mais o necessário consentimento da mãe, ou ao
contrário, poderia simplesmente se “esconder” na decisão materna. Não havia
perigo de rapto, pois o dragão dourado protetor da princesa iria com ela.
O dragão dourado, entretanto, a pedido da rainha imakari,
transformara-se em um singelo senhor. Queria conhecer o íntimo de Éugota e ver
como ele tratava os mais fracos.
O dia quente em que a princesa Nan-Har foi vista com um
idoso se aproximando de Illio era o segundo dia do sexto mês do ano, e Éugota
já conquistara Adequeribe e a Gassíria.
A cidade estava em festa. Todos foram às portas do palácio
esperar seu rei sair de mãos dadas com a princesa, mas o que aconteceu menos de
um quarto de hora depois marcou a história illiota: uma explosão destruiu o
lado leste do palácio, e dentre a fumaça saiu a princesa montada em um dragão
dourado gigante. A partir deste dia, Éugota ganhou uma cicatriz que ia da
bochecha esquerda até sua têmpora. Foi a maior humilhação sofrida pelo orgulhoso
rei, e toda sua campanha dali em diante foi voltada para terminar em Imakari
(até porque ele ainda não tinha força para peitar a Rainha das Bestas Aladas).
Ele jurara vingança a todo aquele povo, ninguém seria poupado.
O rei, entretanto, não conseguira sua vingança. Morrera
antes de conquistar Dainos, mas deixara bem incutido no seu filho, Éugota II, o
desejo de vingança e a cena do lamentável episódio. Ninguém lembra, mas o
impertinente rei, quando recebeu a recusa, tentou humilhar e depois até agredir
a princesa. O “velho” foi agarrado por sua guarda pessoal e o rei apertara tão
forte o braço da princesa que ela regressou para Imakari com as marcas dos
dedos no braço e no pescoço.
Durante o reinado de Éugota II, cinco anos após a conquista
da última província e a “ruptura” com os deuses, se proclamando o próprio deus,
os illiotas rumaram para a primeira investida contra os Imakari.
Já nesta época os deva tentavam sair de Imakari, ou seja, as
disputas internas tinham enfraquecido o reino, e os espiões relataram como
momento mais propício para a invasão.
A ofensiva illiota fracassou, mas destruiu duas cidades
imakari no processo: Enyl e Dur Nimrad. Em resposta, Alyeska, Nan-Har e seus
dragões dourados varreram Elâmia e Illio.
A grande batalha durou décadas. Alyeska morreuno 3º ano, já
Nan-Rah, agora mãe de Daa’ri, destruiu Shva, Adequeribe e Dainos (na época,
capital do império), matando assim o rei Éugota II e morrendo junto.
Daa’ri, ao assumir o trono, terminou de destruir o império,
mas o inimigo interno, os deva, foram que acabaram com a força da rainha, que
mesmo tendo expulso os deva de sua casa, desapareceu junto com seu reino.
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