Quando o Primeiro Imperador Agnos Edel faleceu seus filhos dividiram o território em partes iguais. Agnos, devido à história de seus antecedentes, não nomeou um único herdeiro e sim fez um testamento, chamado Constituição Imperial, que dividia igualmente e impedia que os reinos brigassem entre si, unindo todos. Logo as famílias, respeitosas quanto ao desígnio do falecido pai/imperador, mantiveram a relação de respeito, entretanto cada filho gerou uma casa diferente e os séculos se passaram com cada reino gerando suas próprias famílias. Assim se fez a ramificação bórea do sul que hoje tem em torno de 120.000 habitantes, dentre eles elfos, anões, halfings e humanos.
Antes da Grande
Guerra e da vazão do antigo rio Ao-änsu a geografia do Império era uma, mas as
constantes batalhas, visitas de Akhitai, as mudanças geológicas durante a Nova
Era e principalmente a transformação do rio em mar fez com que toda a
disposição humana, geológica e física se acomodasse diferente. Até os Estados
Deflagrados/reinos mais a oeste sofreram com tudo isso.
Todos os reinos tem seu próprio contingente armado e Bäaster
é protegido pelo Exército Imperial.
A cada ano, 25% dos jovens alistados em cada reino são
enviados a locais de treinamento imperiais e alguns são selecionados para o
Exército Imperial. Todos os demais são considerados ativos dos Exércitos Reais
de origem e reservas do Exército Imperial (para caso Zanthar deseje
utilizá-los). Existe uma pequena porção de guerreiros imperiais de altas
patentes em cada reino, comandando as guardas reais. Assim se dá a unificação
imperial.
Cada rei, para efeito de guerra, é considerado um general da
Tropa Imperial sob comando do imperador (em momentos de guerra e defesa do
território).
A região, hoje, é rica em minérios (encontrados em suas cadeias
montanhosas) e os vales e planícies recebem os castelos dos reinos, pois são a
melhor área para plantio e criação de animais no Império. O comércio se dá
principalmente entre os reinos e os outros povos da Aliança.
Estados Bóreos do Império
O Império Bóreo é composto por cinco estados e um estado
sede eleito a cada 14 anos. Bäaster é o estado eleito há cinco gerações e a
condição de eterna subordinação dos outros estados para com este e os regentes
deste o tornam quase unanimidade a mais de dois séculos.
Cada estado tem autonomia política, econômica e tributária
parcial. Esta relação é regulamentada na Constituição Imperial escrita por
Agnos Edel e é bastante justa e rigorosa.
Bäaster, sede do
Império Bóreo (78.000 habitantes)
Comandada pela família Odev, Bäster hoje é a mais bem
protegida e emergente cidade do império. O imperador Zanthar Odev é um senhor
de seus trinta e poucos anos de temperamento forte e ideais expansionistas.
Seus vassalos dos seis reinos servidores o seguem fielmente, criando assim a
unidade necessária para o fortalecimento de todos.
O castelo de Noddvarok é uma imponente construção de arquitetura
clássica bórea. Grossos muros com espinhos, fossos com piranhas, torres
quadradas robustas e altas nos quatro cantos do castelo e duas entradas são as
principais características deste e de todos os outros castelos imperiais. Nas
redondezas do castelo vivem aproximadamente 15.000 pessoas e uma comunidade
élfica chamada Ellvanyr vive prosperamente.
O comércio é o forte desta cidade embora não tenha saída
para o mar.
Todas as estradas que saem da sede Bäaster são bem cuidadas,
servindo assim de escoadouro para todas as mercadorias transeuntes. Também
existem boas estalagens pelos caminhos, dando certo conforto para os viajantes.
Almdorn de Entrevales
(6.000 habitantes)
Este novo reino está situado na área chamada Entrevales e é
regido pelo jovem de 19 anos Lèon Mortten, da Casa Mortten. Almdorn é vizinho
de Bäaster e antigamente era parte do seu território. Zanthar, querendo calar a
insensata família de sua mulher, Albertina Mortten Odev dividiu parte do seu
reino para que seu brilhante e leal cunhado pudesse "governar".
O garoto parece ser
um bom governante, pois apesar da escassez de terras férteis (o reino é
desnivelado e cheio de pedras) encontrou meios de subsistência: trouxe os
melhores pedreiros do reino e montou a Pedreira Real, uma pedreira com
potencial de extração enorme.
Almdorn praticamente não tem tropas próprias. É protegido
pelo Batalhão Imperial e construiu um bonito quartel para que futuramente a
Infantaria Imperial Bórea fique aqui.
Lèon ordenou a construção de um castelo para Almdorn com
material vindo da Pedreira Real. A construção ainda está no fundamento do
castelo.
Worlorn (40.000
habitantes)
Worlorn é um reino altamente bélico e expansionista. A
Casa Altamyr, do líder Hugo, é totalmente leal a Zanthar. Ambos, Hugo e
Zanthar, foram companheiros de batalha contra os brookenstonianos e os
paquires.
Conhecido por seu ódio ao Conglomerado, Hugo Altamyr é o
general mais importante e com mais batalhas de todo o império. Um homem temido
e de hábitos viris, Hugo planejou a inserção do forte Grumenfeld em Nova Maedar
e o mantém, mas essa campanha custa muito caro a toda a sociedade, que passa
fome e trabalha desumanamente para custear tudo (Bäaster ajuda com pouco).
O castelo de Worlorn é praticamente impenetrável. Com muros
altíssimos, um fosso com água envenenada (ver adiante os efeitos) e torres
duplas, este castelo é bem diferente de qualquer outro do império. Foi
construído durante a regência de Agger Altamyr, avô do atual regente, Hugo.
Dentro de seus muros vivem cerca de 15.000 pessoas confortavelmente. Fora da
cidade e no forte residem as outras 25.000.
A cidade de Worlorn tem muitos armeiros e ferreiros de
indiscutível qualidade. Toda a economia da cidade é voltada para a preparação
de defesas militares e de soldados para o império, ou seja, no mercado daqui
você encontra qualquer arma criada em Maedar por preços condizentes com a
raridade do produto.
Worlorn foi a última sede do império antes da septuagenária
sequência de Baaster.
Academia dos Bravos
Este forte é um dos lugares de treinamento das tropas
imperiais: a academia de guerreiros do império, chamada de Academia dos Bravos.
Esta academia é inspirada e apoiada pela Escola de Guerreiros
de Alkor. A amizade entre os reinos facilitou o intercâmbio de informações e
ajudou o fortalecimento da academia idealizada por Zanthar Odev. Toda a ajuda
alkoriana gerou um sentimento de gratidão (além da amizade existente) por parte
do Império Bóreo. Todo e qualquer hibóreo que venha em paz é bem vindo não só
em Worlorn, mas em toda a extensão imperial. As mercadorias hibóreas também
recebem tributação menor que o normal e tanto os exércitos alkorianos podem
fazer treinamento (sob prévia autorização) em terras bóreas como os bóreos
podem treinar em terras hibóreas (e até ingressar na Escola de Guerreiros de
Alkor).
Os treinamentos duram anos e cada regência boreal tem uma
parcela do seu exército (e dos seus professores) lá dentro. Existe o
treinamento geral, que visa os combates do império como um todos (e nesse caso
todos os estados enviam suas tropas para um comando, o de Zanthar), e os
treinamentos específicos, que visam a especificidade de cada soldado e o estado
que ele servirá. O último ano de treinamento é no próprio estado.
O alojamento dentro do forte tem vaga para mais de duas mil
beliches, ou seja, existem vivendo no forte aproximadamente cinco mil guerreiros.
O famoso Batalhão
Imperial de Worlorn é composto por bravos soldados devotos a Hugo e a Zanthar.
Este batalhão se divide em pequenos grupos e a partir dai acontecem
treinamentos periódicos em outros territórios. Algumas vezes vão a paisana e se
não fosse pela Carta de Treinamento, poderiam ser confundidos facilmente com
mercenários.
Harz (20.000
habitantes)
O idoso Renwith foi professor do antigo imperador Mollghorn
Edel e de seu filho, Zanthar. Agora, aos 80 anos, descansa em Harz enquanto seu
camareiro e aprendiz Allan MacFater rege Harz. Renwith é visitado por apenas
duas pessoas atualmente: Allan e Zanthar.
O pequeno reino de Harz está entre Worlorn e Bäaster, tendo
sido entregue a seu tutor (vindo de família humilde embora fosse autodidata e
brilhante professor) como agradecimento a seus serviços ao Império. Todos os
outros reis bóreos respeitam e admiram o velho Renwith e aceitam bem o
camareiro Allan (que foi escolhido pelo próprio Renwith como seu sucessor).
Muito se comenta
sobre Allan e o seu futuro à frente da cidade quando o Velho Mestre se for.
Dizem que ela será englobada a Bäaster novamente, mas também dizem que Allan
trama em mantê-lo.
O castelo de Harz
movimenta boa soma de mercadorias, tendo em vista que para se entrar pela
estrada principal de Bäaster deve-se passar por Harz (e pagar pedágio, claro).
Aqui existem bons armazéns, tavernas, bordéis e hospedarias.
Escola de Agger
Há exatas duas décadas foi erguida a escola com o nome de
seu ex-imperador. Toda a sua construção foi bancada pelo tesouro imperial e sua
belíssima arquitetura com quinze salas de aula, uma biblioteca, um anfiteatro e
dois laboratórios são de sucitar inveja a qualquer um.
O reitor é, obviamente, o catedrático Renwith. Dizem que,
atualmente, o velho tem gosto apenas pela escola, deixando as responsabilidades
do reino com Allan.
Somhain (15.000
habitantes)
O porto de Somhain é pequeno, desorganizado e imundo se
comparado a outros portos de Maedar, mas o imperador Zanthar tem grandes idéias
para ele, então hoje o pequenino e sujo porto recebe investimentos, obras e
melhorias dos mais preparados engenheiros náuticos e portuários de Maedar.
Lonther Arkimagus, da tradicional Casa Arkimagus, é o rei do
pequenino reino de Somhain e cuida dele com certo interesse comercial em outros
portos (principalmente em pilhar).
A Casa tem se
especializado em combates marítimos e muitos piratas tem se juntado às tropas
corsárias de Somhain e nem os reinos vizinhos do Império tem sido poupados
(fato este que começa a incomodar os reis bóreos).
Somhain não tem um castelo, mas pela cidade existem muitas
passagens secretas e as suas ruas apertadas são verdadeiros labirintos.
Aqui existe uma guilda de ladinos chamada Sombra. Acredita-se
que eles sejam patrocinados pela família Arkimagus.
Narboc (12.000
habitantes)
O rei de Narboc, Vilfred Narboc, é um senhor excêntrico.
Conhecido como Vilfred, o Louco ou o Rei Bruxo, a verdade é que este rei está
totalmente desinteressado quanto seu reinado desde que seu primogênito
desapareceu a cinco anos. Desde então Vilfred vive enclausurado com obscuros
livros e recebe muitas visitas de estranhos sacerdotes maltavos.
Algumas lendas são
atribuídas a este rei, uma delas é a de que ele não confia em ninguém, mas já
foi visto fazendo magias e mesmo matando animais e pessoas (dependendo da
empolgação do trovador na mesa da taverna) a metros de distância com apenas com
gestos e palavras complicadas. O rei já foi visto oferecendo líquidos estranhos
a outras pessoas, líquidos estes que trouxeram efeitos colaterais diversos
(algumas até morreram) para bebedores.
As terras de Narboc estão entregues às ruinas, pois seu
administrador atual, Ergus "Olho Livre", é um corrupto. É leal apenas
a Vilfred (ou ao que Vilfred representa... ou talvez porque tenha medo da
loucura e do que o rei é capaz). A guarda é composta por pequenos aldeões e o
saque de outros reinos aqui é comum. Muitos fugitivos de outros lugares vivem
aqui, pois a terra é a mais "segura" que eles podem viver.
O castelo de Narboc é reflexo do reino: ruína. Uma
construção inacabada e constantemente em obra, o castelo não oferece nenhuma
segurança. É chamado pejorativamente de “palácio” (pois não tem nenhuma
proteção que o diferencie objetivamente de um palácio).
Uma seita máltava se instalou aqui nos últimos anos: os
Coletore. Dizem que a terra foi cedida por Ergus para quitar uma dívida com o
Banco Maltavo.
Windhaven (32.000
habitantes)
Windhaven é controlado por uma rainha guerreira chamada
Hanna Alyeris, da Casa de Alyeris.
Hanna conheceu o rei Lennon Windhaven quando lutavam pela
segurança do reino e se apaixonaram perdidamente. Logo se casaram, mas Lennon
foi acometido de uma doença meses depois e morreu nos braços de sua amada.
Sem deixar herdeiros,
Hanna teve que lutar para se manter no poder e manter os ideais de seu rei
vivos a frente de Windhaven. Anos depois Hanna continua regendo o reino com
braços fortes e muitos pretendentes tentaram desposá-la em vão.
A cidade está situado
a leste e faz fronteira com Murthaug. O castelo de Windhaven tem
aproximadamente 4.000 pessoas dentro dele, mas o reino tem um contingente fora
do castelo de mais de 8.000 soldados leais à Rainha Alyeris. As suas tropas
utilizam pouca proteção corporal, o que os faz ágeis lutadores e de difícil
alcance. Dizem que a Rainha Hanna tem amizade com alguns kuddur, sendo dai que
ela adapta suas táticas de guerra. O fato é que os kuddur não atacam tanto as
terras de Windhaven e mesmo descansam por aqui.
Os mais de trinta mil habitantes do estado de Windhaven
veneram sua rainha e a seguem fielmente, pois ela sempre prezou por todos os
seus súditos durante todo o seu reinado.
O Castelo de Wind está localizado em uma colina ao norte da
cidade. Sua visão é privilegiada e os temíveis arqueiros de Windhaven conseguem
acertar com precisão flechas lá embaixo, na cidade.
Os presos do Castelo de Wind ficam em uma torre isolada com
saída para dentro do quartel e lá também existe a sala de tortura.
Condado do Entrevales
(condado halfing)
O Condado de Entrevales é um bonito e pacato condado halfing
situado poucos quilômetros de Almdorn, na região de Entrevales.
Este condado é o lar da maior comunidade halfing de toda
Maedar e poucos humanos tem acesso a este local. Como eles tem pouco a oferecer
os humanos não se interessam por eles e os deixam em paz, entretanto o lugar é
belíssimo. Belo como nenhum outro lugar do Império.
As árvores frondosas com balanços de crianças, as pequenas
casas e fazendas halfings, o lago com cisnes onde todos tomam banho e a pequena
hospedaria trazem um ar bucólico e prazeroso para o condado.
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